Empréstimo de e-books

Uma das soluções para o futuro das bibliotecas passará inevitavelmente pela garantia do uso e empréstimo de informação sob o suporte digital. Em Espanha já se começa a avançar nesse sentido, através do empréstimo de e-readers.

«De acordo com a notícia de ontem do jornal El País, o empréstimo de ebooks vai iniciar-se em 15 bibliotecas públicas espanholas, num projecto do Ministério da Cultura que teve um investimento inicial de 130 mil euros. A verba serviu para adquirir, entre outras coisas, 750 e-readers. Cada utilizador pode requisitar o e-reader por um período de 15 dias.

Prevê-se que durante este ano o projecto se estenda a todas as 54 bibliotecas públicas de Espanha. Para já, as 15 bibliotecas abrangidas são as de Ciudad Real, Huelva, La Rioja, Las Palmas de Gran Canária, Madrid, Mérida, Múrcia, Oviedo, Palma de Maiorca, Santander, Santiago de Compostela, Tarragona, Valência, Valhadolid e Saragoça, que deverão ter o serviço disponível até ao final do mês. Os ebooks disponíveis nos e-readers são fundamentalmente obras de domínio público, penso que uma forma de contornar a eventual violação de direitos de autor neste sistema de empréstimo aparentemente bastante simples.

E em Portugal, quando poderemos sonhar com um projecto semelhante?»

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iPAD nas escolas.

Enquanto em Portugal ainda se discute se podemos emprestar os livros aos irmãos mais novos, enquanto em Portugal as editoras continuam a mandar substituindo o Ministério da Educação, que distribui Magalhães para os miudos jogarem, os States mostram como é.

«O iPad está a ser adoptado por uma série de escolas dos Estados Unidos.

As escolas públicas de Nova Iorque encomendaram 2 mil iPads e as congéneres de Chicago candidataram-se a fundos para seguir o mesmo caminho.

Já na Califórnia e na Virginia, os tradicionais livros foram já substituídos em algumas aulas pelo tablet da Apple.

E as acções não se ficam por aqui. O liceu de Roslyn, em Long Island, lançou em Dezembro um programa piloto visando a distribuição de iPads a estudantes das classes de Humanidades, devendo os gadgets ser usados tanto na escola como em casa.

Mais de 56 mil dólares foram gastos em iPads, stylus e estojos. O valor pode ser algo elevado, mas os responsáveis garantem que o investimento levará à poupança de muito dinheiro no futuro.»

in http://gameover.sapo.pt/article.html?id=54496

E quando para cá?

«O Governo russo aprovou este mês um plano para passar a utilizar software livre em todos os organismos do executivo federal e agências financiadas pelo orçamento federal, num processo que terá inicio já em 2011.

De acordo com a calendarização divulgada a migração completa deverá acontecer até ao final de 2015. No terceiro trimestre de 2011 devem estar aprovadas as especificações dos fomatos de dados e um dos pontos mais interessantes do projecto terá início já no segundo trimestre de 2012, com a criação deum repositório de software, não só do sistema operativo baseado em Linux mas também de aplicações open-source.»
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Quantos países a aderir mais, serão necessários para que os responsáveis em Portugal olhem para esta solução a sério?